Eu amo essa vida boemia Tão sépia, cinema Eu quero ser mais uma flecha Atirada, um poema Viver de saudade na cabeça dessa morena Fuder com a cidade, enquanto ela pedir mais Eu quero colorir seu muro Ser lendário, lembrado, vivaz Eu vivo esse caos, mas Eu flerto com a paz Meu santo já morreu Já faz tempo que faz frio Não sou mais tão vadio Jovem já vem com medo A vida perdeu brilho Os tempos tão estranhos Não quero ter mais filho Vândalo, livre, um escândalo Eu não panguo ali Mesmo em declive Tocando meu bandolim Fo fo fo fo, fumando de canto, levando Me sinto no finim da vida Levando vazio Me banho na pia Uo uo uo uo uo Vândalo, livre, um escândalo Eu não panguo ali Mesmo em declive Tocando meu bandolim Fo fo fo fo, fumando de canto, levando Me sinto no finim da vida Levando vazio Me banho na pia Uo uo uo uo uo Me espremo no tempo Imprimo o que eu quero no sample Eu vivo no looping Destilo minha cama no vento Eu vivo pelo drink Minha alma de rua e cimento Eu vivo pelos fins De semana, invento Invento (uer, uer) Os fins não justificam minha grana São simples, mas sugam minha grana Sem brindes Eu não ligo pra fama Sem modos, eu não entendo minha dama É, se eu pudesse superar o meu passado Neste instante, acredite, eu faria isso Não amo esse estado de tristeza constante Você sente isso o tempo todo? Com que frequência você se sente assim? As coisas que nos motivam E nos curam, não são vendidas no mercado, sabe? É uma batalha interna A morte nos ajuda a não levar tão a sério Sabe? Tipo, tá bom, beleza Tá bom, belê Vândalo, livre, um escândalo Eu não panguo ali Mesmo em declive Tocando meu bandolim Fo fo, fumando de canto, levanto Me sinto no finin da vida Levanto vazio Me banho na pia Uo uo uo Vândalo, livre, um escândalo Eu não panguo ali Mesmo em declive Tocando meu bandolim Fo fo, fumando de canto, levanto Me sinto no finin da vida Levanto vazio Me banho na pia Uo uo uo