O Sol se põe, a noite cai nessa selva de pedra Um grito ecoa lá no fundo, mas quem será que pena? Faróis riscando o céu de concreto O povo acelerado, insano, incompleto O ritmo pega como um bicho selvagem E não tá disposto a te soltar No Largo da Batata, na Paulista, a mente ferve Diversas gentes, carros, bikes, e a pressa é que segue Vamos a caminho, levando instrumentos Com essa mistura entre nervoso e contento Pra tocar a Cumbia que tanto ensaiamos Como se fosse a última coisa a se fazer Floresta de pedra, de prédio e buzina Levar os instrumentos aqui é uma sina Percussa chamou Uber mas o motorista olhou Pra cara dele e falou: Isso não cabe no Nissan March Metrô com timbales, violão na garupa Torcendo contra o match entre trânsito e chuva A Cumbia resistindo com a Cuarteto Los 5 Vamos dar um jeito de tocar Mesmo com esse corre da floresta de pedra Depois do Ibira, no Bixiga a gente toma uma Buscando alívio da cidade que estressa, encanta e suga A garoa fina que veste a cidade Num véu de mistério e também de saudade Na nossa São Paulo, com tudo na contra Nós vamos fazer a Cumbia rolar