[Pode ir lá e denunciar, tá bom!] Tu anda pela rua E olha ao teu redor Tu teme alguma coisa Não quer admitir Que essa insegurança que tu sente Não vem bem do delinquente Mas de quem deveria proteger Mira que ironia Alimentamos uma cria Que depois vai nos morder Um pai autoritário Um cinto sempre em mãos Um bispo incumbido pela santa coerção A minha liberdade é aliada e Ela existe independente de qualquer declaração Quem nos dá direito são a terra, o céu e o sol E o bombear do coração Todos nascemos livres, dizia o iluminês Enquanto assinava e declarava novas leis Como é que vai haver o livro arbítrio? Se a sua própria essência está enclausurada em livros? Ordem e progresso são duas cantilenas Cantadas no compasso das algemas Quem é que dá poder pra dinossauros de Brasília Interferirem dessa forma na tua vida? Interferirem dessa forma na tua vida? Interferirem dessa forma na tua vida? E tu que veste a farda Se pergunta alguma vez Se é realmente o povo que tu serves ou talvez É apenas um comando em ação Daqueles eles que não ligam nem pra nós nem pra vocês O repressor e o reprimido Tem os mesmos instintos de violência no seu ser Tu anda pela rua e olha ao teu redor Tu teme alguma coisa, não quer admitir Que essa insegurança que tu sente É uma projeção da mente Um espelho social do nosso ser Que busca harmonia em pesos diferentes Que tenta achar a luz procurando no escuro Ah meu bem, é tão fácil ser parte do problema É só nascer que te cadastram no sistema No sistema No sistema Ah meu bem, é tão fácil ser parte do problema É só nascer que te cadastram no sistema No sistema No sistema