No que prende a serra, assim no más, o dia empeza Que o serviço é bruto e a plata se cria, peça por peça! Um novillo buenasso escolhido num vistasso pelo carnicero E que se vai aos poquito, engraxar os prato nos rancho povoeiro Entre assado e vacío, lomo y picaña, os freguês vão pedindo Uns corte más ancho e otros más gordo, que se chega o domingo Um granito de peito, uns dois, três puchero e algum osso que sobre E um gurizito descalço, imagina o poroto no seu rancho pobre Carnicería de fronteira donde a vida povoeira por vez se rebusca Clavada na linha, mirada de campo que nunca se ofusca Com cheiro de carne, entre e peso e real –comércio campeiro! Mata a hambre de tantos que vivem na sorte do arrabalde fronteiro Ainda sobra o espinhaço, de um borreguito pesado dos pagos de allá Coração e riñon, que se quedán mejor con el vino tannat O naife chairado demonstra a pericia quando alguém se anuncia E corta com jeito, uma carne coimera pra algum policía Um chorizito gordo, enchido na guampa e a ponta de espinho Mal chega ao balcão, e nem cai à balança e se vai aos vizinho Mesmo com a noite, mostrando o semblante, tão negra e tão fria O serviço não para, pois tem charque e limpeza na carnicería