Me agrada a vida do campo onde relincham cavalos De peões que atiram laços sempre a procura de um pealo A cachorrada latindo quando é dia de rodeio Ranger de louro e carona, tilintar de espora e freio Sentir o vento minuano, batendo forte na cara Escabelando as crinas da gateada malacara Que se vai ao trotesito entre cincha xerga e basto Nas invernadas da estancia Pisoteando a alma do pasto Por isso e por muito mais, que eu gosto do interior Assim a vida lá fora e tem um grande valor Lá se aprende o respeito e uma bondade fraterna E num aperto de mão se faz só amizade eterna Lidar com aporreados é coisa que mais me agrada Não tenho medo de potro e não me entrego por nada Eu não refugo serviço por mais bruto que ele seja Me gusta estar na campanha e toda sua Rudeza As madrugadas cumpridas e as mateadas de galpão O linguajar campechano da prosa simples do pião Os avisos pelo rádio no informativo rural O verso chucro a poesia De um jeito velho bagual Por isso e por muito mais, que eu gosto do interior Assim a vida lá fora e tem um grande valor Lá se aprende o respeito e uma bondade fraterna E num aperto de mão se faz só amizade eterna