Caminhos se abrem na palma da mão Com saia rodada, firme no chão Na encruzilhada, rainha chegou Trazendo o axé que já despertou Ha, ha Maria Padilha, mulher decidida Com sangue de estrela, com flor e ferida Ela não teme, ela não recua Domina o segredo, a noite e a rua Tem fogo no riso, tem fé no olhar Quem vem com maldade vai se queimar É dona do tempo, do vento, da lei Quem bate de frente, já sabe, eu sei Ha Laroyê, mulher de poder Quem é do axé vai reconhecer Laroyê, rainha que gira, que cura, que ensina Padilha é força É luz feminina Com vinho e rosa, prepara o terreiro (terreiro) Com canto e dança, com passo certeiro (terreiro) Mulher feiticeira, senhora do jogo (é terreiro) Aquece o corpo, levanta do fogo (é terreiro) Não vive de sombra, só vive de luz (é terreiro) Carrega nas mãos os mistérios da cruz (é terreiro) Maria não chora por homem nenhum (é terreiro) Ela é caminho, começo e fim de um Laroyê, mulher de poder Quem é do axé vai reconhecer Laroyê, rainha que gira, que cura, que ensina Padilha é força (é luz) Laroyê, mulher de poder Quem é do axé vai reconhecer Laroyê, rainha que gira, que cura, que ensina Padilha é força É luz feminina Laroyê É terreiro É terreiro É terreiro É terreiro (é Maria, é luz) É terreiro É terreiro