Tristeza não tem fim Felicidade, sim Tristeza não tem fim Felicidade, sim A felicidade é como a gota De orvalho numa pétala de flor Brilha tranquila, depois de leve, oscila E cai como uma lágrima de amor A felicidade do pobre parece A grande ilusão do carnaval A gente trabalha o ano inteiro Por um momento de sonho pra fazer a fantasia De rei ou de pirata, ou jardineira Pra tudo se acabar na quarta-feira Vai, minha tristeza E diz a ela que sem ela não pode ser Diz-lhe, numa prece, que ela regresse Porque eu não posso mais sofrer Chega de saudade A realidade é que sem ela não há paz Não há beleza, é só tristeza e a melancolia Que não sai de mim, não sai de mim, não sai Mas se ela voltar, se ela voltar Que coisa linda, que coisa louca Pois há menos peixinhos a nadar no mar Do que os beijinhos que eu darei na sua boca Dentro dos meus braços Os abraços hão de ser milhões de abraços Apertado assim, colado assim, calado assim Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim Não quero mais esse negócio de você longe de mim Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim O morro não tem vez E o que ele fez já foi demais Mas olhem bem vocês Quando derem vez ao morro Toda a cidade vai cantar Morro pede passagem Morro quer se mostrar Abram alas pro morro Tamborim vai fala É um, é dois É três, é cem É mil a batucar O morro não tem vez Mas se derem vez ao morro Toda cidade vai cantar Mas se derem vez ao morro Toda cidade vai cantar Tristeza não tem fim