Quebrando a quietude das invernadas No compasso insistente do potro baio Os arreios entonam milongas caladas Fazendo do campo um palco de ensaio O sonido dos loros se funde as esporas Ringindo o basto, somado aos os estribos Nas patas do baio, melodias sonoras sinfonia do arreio que do lombo rejo No campo silente brotam sinfonias Essas que fazem parte dos meus aperos Botando o doze braças e quatro rodilhas Nas aspas da brasina em desespero Quando volto em direção a morada Mais doce fica o timbre do arreio Sinfonia do campo em breve calada Com o amanhã carregado de anseios