Nesta casa… Quando a noite floresce Tudo em seu redor fede de medo As delicadas flores dão origem a macabras figuras E com o silêncio… tudo muda Olhos espreitam através da lúgubre janela Silhuetas atormentam a floresta, vagueando nela sem destino… Bailando no escuro a valsa da loucura Ossos seculares dançam na fria sala vazia Cadências de desespero ecoam na mais profunda insanidade Libertando a paixão escondida pelo sinistro O desejo de Sangue… Actos inibidos numa vida desperdiçada Uma obsessão que perdurou durante décadas, até à Morte Passos sentem-se distantes, na obscura monotonia O ranger do chão ouve-se, nestes negros corredores Enquanto sinfonias distorcidas abafam o silêncio Conta a história, que o incêndio deflagrou sem piedade Os Gritos ouviam-se, pela floresta dentro Sem a esperança e com a idade a pesar Foram dançando, deixando-se queimar Rumores proferem que as labaredas apagaram a existência daquela casa Amaldiçoando o ocorrido, as suas almas jamais deixarão aquele local As suas sepulturas na Morte e na vida.