Enquanto eu escrevo esse verso, escuto Rap dos Novos Bandidos Enquanto eu escrevo esse verso, Sant rimando no fone de ouvido Enquanto eu escrevo esse verso, o clima de guerra se torna crescente Enquanto eu escrevo esse verso, o Estado mata mais um inocente Dos pés á cabeça me sinto Em um território arriscado E o lugar ser meu próprio lar É o que eu acho mais engraçado Foram tantos assassinados E torturados lá no passado Hoje alguém tomou um tiro Por não ser do seu agrado A farda tá suja de sangue, isso parece motivo de glória? Pra eles a morte é conquista, cospem na cara de uma mãe que chora Atiraram em uns moleque que tavam roubando pra matar a fome A bala perdida acertou em Johnny mesmo ele sendo um bom homem As suas armas não protegem, elas assassinam Os seus escudos não defendem, eles só oprimem Manifestantes atacados porque não se calam Vocês não ligam para o povo, apenas fingem Estamos em um vale sombrio Vítimas da quimera hostil Mas prontos pra queimar o pavio E incendiar o antigo Brasil (2x) Enquanto eu escrevo esse verso, um massacre é disfarçado de heroísmo Enquanto eu escrevo esse verso, querem de volta o colonialismo Enquanto eu escrevo esse verso, terras indígenas foram tomadas Enquanto eu escrevo esse verso, estupram a nossa pátria tão amada É como se reencarnassem o passado hoje em dia Em cima de atrocidades construíram essa via Nós não podemos deixar que a história se repita Nós precisamos fazer essa mazela ser exitinta Estamos em um vale sombrio Vítimas da quimera hostil Mas prontos pra queimar o pavio E incendiar o antigo Brasil