Neste assunto de cantar A vida vai ensinando Que só se escapa voando A trova que é levianinha Sempre há de caçar rolinhas Qualquer um que andar caçando Porém, se o canto é protesto Contra a força do senhor Profundo e conspirador Se arrasta de peão a peão Sem ruído, junto ao chão Feito índio bombeador Podem perde-se mil versos Onde se cantam quereres Coisas de amores, prazeres Carreiras e diversões Suspiros de corações E líricos padeceres Agora, se o verso conta Da peonada a história Desvendando a trajetória Das tristezas suportadas A trova fica agarrada Que é um carrapato à memória Do que nos deu alegria Podemos não nos lembrar Os anos em seu passar Mudarão os pensamentos Mas angústias e tormentos São marcas que hão de durar