A água escorrega sem freio, inunda o lugar de morar Arranca raiz, pau e pedra Arrasta bicho, empurra a queda Coloca a cidade no chão E o que era repleto agora é vão A terra treme, a rocha cede, o sul é só submersão O beijo é de língua de fogo, da boca ardente do vulcão E os homens da vez, quem são? O gelo empurra a areia, derrete pra curar o porre humano e a ressaca do mar O ar tem cheiro, o corante é a cor, e no Pará o fogo não parou A água segue furiosa, causando mais destruição Arrasta o automóvel e dirige a vida pra outra direção Soterra a cidade, então A natureza chora, desfila por um fio, suplica ao monstro que o mundo pariu O ar tem cheiro, o corante é a cor, em terra e mar a vida se acabou E o monstro que o mundo pariu riu E o monstro que o mundo pariu riu E o monstro que o mundo pariu riu E o monstro que o mundo pariu