Sexta-feira é dia útil, e eu quero explodir meu ser De manhã num campo aberto. E o vermelho trilha o negro, e a bandeira do cansaço, Já descia o meio fio. Rompo em círculos o tempo, tiro um "flash" desta mente, Carcomida na semana. Conto areia da ampulheta, descortindo violetas, Para clarear o branco. Coberto de poeira, ergo a voz a quem me queira, Trago orvalho nos meus olhos, O que eu quero é descansar. Vejo a vida em minha frente, o vermelho do poente, Frente a mim o meu passado. Frente a mim o meu futuro, de dois sois e duas luas Prá que eu possa me perder nas ruas.