Sou missioneiro e este pago me apaixona A alma entona quando canto pra exaltar Quatro pioneiros que hoje brilham lá no céu Jayme, Noel, o tio Bilia e o Maicá Um payador que expandiu vocabulário Um literário com ideal resistente Um tio gaiteiro que tocou com dedos rudes E um poeta bugre que cantou sua vertente Estes valores são lembranças que resistem Ainda existem na memória das Missões Hoje seus discos rodam faixas imortais São ideais, poemas, toques e canções Ainda escuto a última clavada E as carreiradas do petiço mitai Canto dos livres e o surungo do quintino São como hinos ecoando por aqui! Ao contemplar o esplendor dos monumentos Mais que ornamento, vejo a imagem do artista Representados cada um na sua estampa Fole, garganta e coração regionalista Vejo o Noel soltando a voz de todo o peito Cantar conceitos, abraçado na guitarra Jayme Caetano numa rima memorável Inesgotável como o mate que ele agarra O tio Bilia, professor dos próprios dedos Sem arremedos, pois ninguém pode igualar! E o Cenair retratando o chão nativo Todos tão vivos em seus discos pra escutar