Eu também sou de improviso Igual meu verso rimado Que leva adiante um aviso Algum relato ou recado Quando recebo um sorriso Me sinto recompensado Sou atrevido e elegante Quando me alço num repente A ideia que me garante Tem o clamor da minha gente E um argumento importante Dos tempos de antigamente Tô sempe pronto pra o pulo Delgado e de lombo liso E se eu não souber de tudo Já de vereda improviso De supetão, no improviso Gosto de cantar pra o povo Eu falo o que for preciso Sem floreio e sem retovo Sou cobra batendo o guizo No cabo de um verso novo No improviso me defendo Nunca refugo bolada Não negocio nem vendo Meu verso de cola atada E nem morto não me rendo Pra essas tendência importada Tô sempre pronto pra o pulo Delgado e de lombo liso E se eu não souber de tudo Já de vereda improviso Quando me esgota um caminho De pronto me reinvento Se na flor encontro espinho Improviso um sentimento Do verso faço um carinho Liberto ao sabor do vento Se me destapa a vontade De improvisar não me esquivo De solidão e saudade Não hão de me ver cautivo Quando a tristeza me invade Meu verso me põe ativo