Levantei bem cedo no clarear do dia Preparei a cuia para o chimarrão Com olhos firmes olhando pro céu Ao patrão maior fiz uma oração Venho cavalgando nos arreios da vida Na invernada do meu coração Já fiz promessas ao pastoreio De voltar ao seio do meu torrão Ao cair da tarde no final do dia Nos entreveros da imensa saudade A esperança que trago no peito Campereia os ventos da liberdade E ao alambrado deste coração Que prende as rédeas meio clandestino Eu arrebento num estouro de laço Liberando o passo do meu destino E nas estradas que eu tiver que andar O padroeiro vai no pensamento No passo lento do zaino amigo Levo a bagagem no sentimento Eu vou no tranco do pingo estradeiro E ao chegar na velha tapera Só há lembranças que lá deixei Porque eu sei que nada mais espera