Pingos de muda por diante e um cincerro cantador Ao longo do corredor, junto das barras do dia Ao tranco a tropa estendia para pastoreio e aguada Eu assobiava uma toada enquanto a tropa bebia Fui um troupeiro de autrora que o progresso despionou Além, da encilha restou a saudade basteriada E a lembrança palanquiada manoteia o coração Quando enxerga um caminhão levando a tropa embarcada Hoje me perdi na conta quantos consumo carniei E as vezes que chimarriei enquanto assava o churrasco Quantas vezes enchi meu frasco pra golpear estrada a fora Gastei estribo e espora marcando o rio grande a casco Mas com a tropa dos anos foi me estafando o tordilho De tanto sovar lombilho das missões até a fronteira Mas, de lida estradeira mendonça foi o primeiro Do qual hoje eu sou o herdeiro dessa cultura tropeira