Quebro os ossos, da minha própria fé Afogo a carne em veneno que arde Sangro em memórias que nunca se vão Consumo minha alma até não restar nada Cada cicatriz é um templo profano Erguido em silêncio, desfeito em engano Eu sou a chama que devora o meu ser Sou a navalha que insiste em doer Na ruína eu encontro meu abrigo Autodestruição meu único inimigo Espelhos quebrados devolvem meu rosto Fragmentos de dor, um reflexo exposto Grito por dentro mais nada responde No poço sem fundo a razão se esconde O vício da queda me prende outra vez A morte me chama mais nunca me fez Eu sou a chama que devora o meu ser Sou a navalha que insiste em doer Na ruína eu encontro meu abrigo Autodestruição meu único inimigo Consumo o que resta, desejo o colapso Cada ferida torno mais fraco Caminho sem olhos, corro sobre o chão Eu sou a desgraça da minha própria mão Eu sou a chama que devora o meu ser Sou a navalha que insiste em doer No fim só restaram as cinzas comigo Autodestruição meu eterno castigo