Trago de lá recordações e bons momentos Onde o tempo faz histórias pra contar Onde o céu é mais azul, é mais bonito Conto as estrelas junto as noites de luar Meu pai contava que nos tempos de carreiro Tinha tropeiros cavalgando no estradão Tocava boi cortando estradas e campinas Tinha coragem, muito amor no coração Ah se eu pudesse eu traria aquele tempo O tempo de boiadeiro, do berrante e do gibão Dos violeiros, das paradas pra descanso Cantador cantava modas pra alegria do sertão O meu ranchinho de sapê ao pé da serra Em sua porta um pé de ipê e uma cruz Lá dentro dele um berrante pendurado Um par de esporas e um retrato de Jesus Lá na varanda uma rede de balanço Monte de lenha no cantinho do fogão Lá no terreiro tinha frutas variadas Numa hortinha erva-doce e algodão Ah se eu pudesse eu traria aquele tempo O tempo de boiadeiro, do berrante e do gibão Dos violeiros, das paradas pra descanso Cantador cantava modas pra alegria do sertão É com tristeza que hoje eu vivo na cidade Quero voltar, faço uma prece ao Senhor Beber da água cristalina do riacho Da brisa mansa e do meu galo cantador Hoje os tempos que vivemos já são outros Muitas saudades, só lembranças que ficou Do meu ranchinho de sapê ao pé da serra Da peonada e do berrante que calou Ah se eu pudesse eu traria aquele tempo O tempo de boiadeiro, do berrante e do gibão Dos violeiros, das paradas pra descanso Cantador cantava modas pra alegria do sertão