Topei meu mouro encilhado E fiz forquilha nos bastos Pra quebrar geada, grossa Que vem sapecando os pastos Manhã de geada grande Várzea, rodeio e capão Pois quem nasce pra ser campo Pra o campo pede benção! Revisei todo o meu dia Num mate de madrugada Lida de parar rodeios Num fundão de invernada Gadaria bem cruzada Pampa com sangue Zebu Três cachorros e um mouro bueno E as garras de couro cru! Um chapéu de aba tapeada Poncho pátria e pelegão Botas de cano virado Espora Firme ao Garrão Um laço Bueno de fato Desses de cincha torena De tira rodeio a fora Pra curar, qualquer ventena Um barbicacho nos queixos Uma bombacha cerzida Uma faca de respeito Bem afiada e comprida Nos arreio a creolina E na alma um braseiro É só isso que me basta Pra um geadão inverneiro! Um galpão na estância grande Pra desencilhar depois E sorver junto do fogo Um mate sevado a dois A prenda e uma florzinha Me esperando no galpão É só isso que me basta Pra viver nesse fundão! Um chapéu de aba tapeada Poncho pátria e pelegão Botas de cano virado Espora Firme ao Garrão Um laço Bueno de fato Desses de cincha torena De tira rodeio a fora Pra curar, qualquer ventena