Oh, Sombra! Fui teu servo e é tão ruim rememorar O breu de tal falência em que caí sem perceber Revejo-te nas manchas que alimentam um grande horror E nas perdas que lamento: olhar, calor, sorriso e cor Oh, Culpa! És tão cruel que não consigo esquecer O fio se partiu e já não sei como escapar E, cego, conto as pedras que me atingem em meu torpor Enumerando inglórias de uma vida sem valor Mas trago mais que o caos, a lama E os dramas frouxos de um bar sem fim Na dor que a luz projeta em meu pescoço e faz voltar Oh, Drama! Tão repleto, espero tua diluição Apronta tua partida pra que reste algo a curtir Que o estrago não cabido neste instante aqui, tão louco Me lance em outros mares, pois doído eu piro e paro