Seu corpo é fruto proibido É a chave de todo pecado e da libido Pra um garoto introvertido como eu É a pura perdição É um lago negro o seu olhar É água turva de beber, se envenenar Nas suas curvas derrapar, sair da estrada Morrer no mar (no mar) É perigoso o seu sorriso É um sorriso assim, jocoso, impreciso Diria misterioso, indecifrável Riso de mulher Não sei se é caça ou caçadora Se é Diana ou Afrodite ou se é Brigitte Stéphanie de Mônaco, aqui estou Inteiro ao seu dispor Pobre de mim Invento rimas assim pra você E um outro vem em cima E você nem pra me escutar Pois acabou, não vou rimar coisa nenhuma Agora vai como sair Que eu já não quero nem saber Se vai valer ou vão me censurar (será?) E pra você eu deixo apenas Meu olhar 43 Aquele assim, meio de lado Já saindo, indo embora Louco por você Abordar navios mercantes Invadir, pilhar, tomar o que é nosso Pirataria nas ondas do rádio Havia alguma coisa errada com o rei Preparar a nossa invasão E fazer justiça com as próprias mãos Dinamitar um paiol de bobagens E navegar o mar da tranquilidade Toquem o meu coração Façam a revolução Está no ar Nas ondas do rádio No submundo repousa o repúdio E deve despertar