No beat, eu deslizo, humilde e a fazer dinheiro Na escola da vida, sou o aprendiz primeiro Não sou o rei do rap, nem o dono do trono Mas minhas rimas são fogo, queimam como entono Posso não ser o melhor, não ter o ouro no pescoço Mas minhas palavras são tesouros, guardadas no fosso Na selva de concreto, onde a luta é real Rimo com a fome, minha história é o meu manual Posso não ser o melhor rapper, sem corrente de ouro Mas minhas rimas são ferro, cortam e cortam e cortam de novo Sem autotune, sou a voz da verdade Na vibe do rap, podem dizer que não sou bom para a idade Não tenho a fama, não tenho o glamour Mas minhas rimas são puras, como um liquor Na cadência da rua, onde a noite não dorme Escrevo meu verso, cada linha, cada forme Não sou o mais veloz, nem o mais hábil Mas minhas rimas são facas, afiadas no fio sutil Posso não ser o melhor rapper, sem corrente de ouro Mas minhas rimas são ferro, cortam e cortam de novo No underground, onde a luz é pouca Minha rima é o grito, na madrugada rouca Não tenho a grife, não tenho o holofote Mas minha rima é a chama, no escuro, o meu mote Posso não ter a coroa, mas tenho a alma pesada Nas ruas da vida, minha história é contada Não sou o mais famoso, nem o mais estiloso Mas minhas rimas são fortes, como um colosso Posso não ser o melhor rapper, sem corrente de ouro Mas minhas rimas são ferro, cortam e cortam de novo