Usando roupa cara pra fazer valer O algodão colhido pelos ancestrais Isso é Deus escrevendo em Suas linhas tortas É o que explica o arco-íris após os temporais O que antes era ódio virou consciência Meu rivais têm sobrenome chei de consoante E quem atira ainda mora em um simples kit net Por isso eu quero é mais que um Grammy esquecido na estante O melhor não é aquele que sempre acerta Mas sim o que aproveita o erro do adversário Se eles dormem, eu nem pisco e Não é só porque o olho não fecha que sou visionário O lobo se tornou cachorro pra não ser caçado Por isso nóis queria sentar na mesa dos boy Nessa aí que alguns irmão foram domesticado Na coleira do vilão, gritando: Meu herói Não confio nem no espelho, é que ele é ao contrário A imagem que me dá não é o que eu represento Eu não vou trocar o moleque que só pensa em dançar Por um adulto covarde que só pensa em sustento Mudar minha realidade era uma causa urgente Mudei, então me chame de Santo Expedito Já fiz pra alimentar nossas bocas Hoje eu faço pra alimentar minha alma e meu espírito É que eu ainda tenho fome, mano Uh-uh Juro que ainda tenho fome, mano Uh-uh É que eu ainda tenho fome, mano Uh-uh Juro que ainda tenho fome, mano Uh (huh) Depois que eu parei de perder Competir não me interessa mais, sempre foi pelo desafio Sou movido a dúvidas e não resposta De quem tem muita certeza, mano, eu desconfio Quero entender porque eu faço tudo pelas moeda Ou porque a paty só me olha, e eu fico no cio Ou porque me incomoda a Taylor que é tão coerente Mas amo o Kanye que diz coisa que eu repudio Era um busão lotado ou o bolso lotado Nem que pra isso eu fosse pra uma cela lotada Depois de meter fita em um busão lotado E mês que vem eles que corram dobrado Casa construída, peito dilacerado Procurando Messias, nóis escolhemo errado O auge do egoísmo é crucificar primeiro E depois ter a cara de pau de pedir pra ser perdoado Eu ainda tenho fome, mano Uh-uh Juro que ainda tenho fome, mano Uh-uh É que eu ainda tenho fome, mano Uh-uh Juro que ainda tenho fome, mano Uh Me atacam de todos os lado Mas tipo Dembélé, sou ambidestro E bato com as duas mão Difícil não é ver o pobre gritando: Olha o lança Mas sim ver o rico cego gritando: Visão Roubaram nossas gíria, nossos platinado Não entendem que isso é sobre identificação Por isso trocamo de código toda semana Vocês nunca me incluíram, não me acusem de exclusão Erro muito gol porque arrisco muito E já me acostumei com as vaia da torcida Ainda na má fase, sou acima da média Porque todo jogo é o jogo da minha vida Nós somos a tragédia da televisão Meus irmão vende droga pra que você brise Quando tu souber o problema, eu já tenho a solução O que passa no jornal aqui é tipo reprise E mesmo contra a corrente Continuo a nadar que nem Dory Apanhamo tanto que nem dói No futuro, comprar uns Nelore Uma fazenda maior que Yellowstone Vitória ou vingança, eu fiz meu nome Assistindo WALL-E Vi que não tô no mundo de Alice Nosso tempo tá acabando aqui Nosso tempo tá acabando aqui Nosso tempo tá Exu Exu era o filho caçula de Iemanjá e Orunmilá (Exu) Irmão de Ogum, Xangô (é que eu ainda tenho fome, mano) e Oxóssi (Exu) Exu comia de tudo Sua fome era incontrolável Comeu todos os animais da aldeia em que vivia Comeu os de quatro pés (é que eu ainda tenho fome, mano) Comeu os de pena Comeu o cereal, a fruta (eu ainda tenho fome, mano) O inhame, a pimenta Bebeu toda cerveja (juro que ainda tenho fome, mano) Toda a cachaça, todo o vinho (é que eu ainda tenho fome, mano) Ingeriu todo o azeite-de-dendê E todos os obis (juro que ainda tenho fome, mano) Quanto mais comia Mais fome Exu sentia