Em todas às vezes que penso no outono de tempos atrás Do tempo de cair para o alto e andar no oposto da paz O fluxo é a luz que indica o caminho pra si E essa luz é a que cura e acalma a verdade do fim Migalhas jogadas ao vento, de um corpo quebrado em segredo Voando pra sempre num sonho girando sem fim! O que eu olho se torna reflexo de um quadro sem mim E o vazio retratado é imperfeito, sem gosto e ruim Clausuras se armam e o céu se encobre por fim A mesa da janta está posta e o garfo Treme em minhas mãos O meu convidado é um ser pesado, rasgado, morto, mas são O aroma que sobe é um tempero de salvação Mas o gosto amargo é a vida que vivi em vão Migalhas jogadas ao vento, de um corpo quebrado em segredo Voando pra sempre num sonho girando sem fim! O que eu olho se torna reflexo de um quadro ruim E o vazio retratado é perfeito e espera por mim As ruas se abrem e o céu se colore por fim