Limpa da minha boca o sabor do sangue A húmida serpente do desejo que te quer a ti Cega nos meus olhos o brilho glorioso das noites Macio e terno veludo que me envolve quando espero por ti Abraça-me e o teu sangue borbulhante Quente e brilhante escorrerá pelo meu queixo E eu escutarei até se esvair o grito da tua agonia Noite ora à morte do dia Dá-me a glória da sombra onde vos perseguirei Minhas presas Sem descanso nem cansaço A noite a mim me pertence e muito falta Até ser dia