Anos Noventa

Doidivanas

Composición de: Felipe Mello/Rodrigo DMart
anos noventa "no" venta aqui 
a umidade congela os ossos 
a quem quer que seja
ronca o mate com carqueja
empurramos a vida com a pança
e vamos nesta dança sempre tão normal 

anos noventa 'cê tenta que
a carne é fraca
e o coração fraqueja
os dinossauros vigiam a igreja
formigas na trilha do varal
o homem sempre tão igual
sempre tão igual

anos noventa 'cê 'guenta que 
cara, tem água nova para o chimarrão
na garagem jorra uma distorção febril 
sorriso lindo do moleque sem dente
rabiscos de um lugar decadente 
oh tristeza... 

anos noventa 'cê pinta aqui 
o mercado expele peixe sem parar  
tem tanta coisa suspensa "noir" 
eu quero o beijo da menina solta 
que bebedeira! é tudo faz-de-conta! 
de conta... 

anos noventa 'cê pensa que 
acurturado curte sua "curtura" 
e tanta gente cheia de mesura
anos noventa te senta que 
são tantos copos que o navio já adornei 
e dos meus amigos eu já nem sei 
meu bem, agora é tudo internet 
não-me-toque e não te mete 
mas vem ficar comigo

vem pra cá deixa pra depois o acerto 
o sonho aqui é vermelho e preto
joga a pelota que diploma já é mero bel-prazer 
prazer é todo meu em te conhecer 
essa cuica tá milongueando histórias mil
só não sei de quando
de quando ...

anos noventa quarenta que 
sumiram com Simões só sobrou Ali a babar 
nem cheiro, nem retoço nem restos do almoço 
a idade chega e não dá moleza 
adeus Rouget, só me deixa a mesa
 
anos noventa apita o trem e não vem ninguém 
só segue os trilhos se a ti "convém" 
e vamos dar um rumo nesta prosa 
e dizer que a vida pode ser generosa 
a vida pode ser uma bandeira 
a vida pode ser uma saudade 
a vida pode ser derradeira 
a vida pode ser uma cidade
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