Recapitulo minha vida Desde os tempos de criança Sou Anubis peso minha alma Em minha própria balança Entre o escudo e a lança Dos males esse e o menor E tipo horus observo Essa a maldade ao redor A que bem disso me lembro Era no frio dezembro E o fogo morrendo negro Teceu sombras desiguais Tamo a mercê do tempo Vê se aproveita os momentos Que por mais forte o desejo Não volta nunca mais Em preces oro em silêncio Sei que o caminho tá tenso Mas jurei aos 4 ventos Que eu não desistia mais Mas por um breve momento Tento expulsar pensamentos Depressão é um barco lento E a minha mente e um cais Em meio ao inverno sombrio Na imensidão de um vazio Whisky me aquece do frio E um cigarro pra acalmar Na Lua afio minha espada Me alimentando de traumas Te espero na encruzilhada Antes de tudo acabar Sou muralha ou guarita Trincheira da guerra fria De prontidão na esquina Espero a morte chegar Tipo vampiro no escuro Poeta insano noturno Fazendo o melhor eu juro Sei que ninguém vai notar Eu sou, sequestrador e refém Sou o locutor e o ouvinte Pisicografo cada frase Em madrugadas tristes Lobo do homem noturno Copo com um dedo de whisky Lado a lado a insônia Que nem requer mais convite Reescrevo toda uma história E imploro que as linha ensine Em covas rasas na mente Tento enterrar os meu crimes Divinas crises sublimes Oro aos céus que ilumine Antes que Caronte me guie Pelo rio Estige Mais vim de tantos vendavais Que perdi o medo da chuva Porém me sinto perdido E sinceramente me assusta Pra completar minha angústia Essa tristeza e astuta Nas madrugadas me busca E hoje me encontrou Mas não entrego minhas lutas Tenho meus mantras e runas Faço o caderno de bússola Pra saber onde eu vou E vou na fé mesmo incerto Ao meu destino me entrego Fazer chover no deserto Foi o que o profeta falou Foi minha aliança em vida Nasci pra honrar a camisa E antes que a estrada se finda Provo que foi por amor Mais uma noite vazia Mais uma letra escrita Sei que nem vai ser ouvida Mas foi Deus quem me mandou Refiz minha vida do zero Em manuscritos singelos E como Dante fui crédulo Atravessei meus infernos Entre as vozes e vultos Mil pensamentos impuros E como Virgílio eu aludo E mostro um rio de almas Eu, de hábitos noturnos Os meus sussurros no escuro Matam levianos sujos Que abominam minha saga De pé no fronte da guerra Daqui vejo a nova era Enquanto aguardo Valkirias Pra me levar pro Valhala