Os pés entre caminhos Os pés que ainda perturbam um dia flutuarão ao desistir de ter o seu chão terão onde pisar as marcas que os desfiguram não se livra com o tempo procuram na história um lugar para ficar os fincos destruídos a miséria abre as portas refazer pelos destroços a próxima leva de desastres Não vou mais submeter minha vontade não quero mais ser só passagem pra um futuro que não se aproxima o qual o passado desconfia o qual a pobreza é rotina o descaso não nos abala nos conforma a ser assim desde já acanhados perdidos somos, desconhecemos a boniteza da liberdade