Do Cantagalo ao Morro de São Carlos De berço a cultura em suas veias Blocos, festejos e cordões Linhagem das mãos negras A força das tradições Saravá! Fio de zambi! No ilê estaciano Da turma que faz samba de sambar O elo sagrado dos seus ideais Ecoa a magia dos batuques ancestrais Gira canjira, baiana que o general chegou Firma ponto, risca pemba Que é longa a caminhada Quem não tem fé, fica na estrada Odé Komorodè! Kaô kabecilê! Xangô! Me guia Sacerdote da paz e do amor Guardião da bandeira Omolokô No correr da gira da vida é negro papa! É negro papa, é negro papa! Seu verbo é fogo que incendeia nosso chão Em oratória leva em frente a missão Fiel à sua casa, herança africana Leal à sua palavra Defensor do povo preto de umbanda Revolta contra a intolerância O filho, nas águas, deixa seu axé Coroado pelo brilho da história, mantido de pé É festa no Orum De Exu a Oxalá Alafiou, Orunmilá! Dobra o couro, batuqueiro, adarrum e ijexá É o cortejo ao mensageiro de ifá Oh, pai Ogum, proteja meu canjerê No terreiro da Estácio hoje é dia de xirê