Folhas mortas Ela abre a porta devagar Sem fazer barulho, sem pensar Tem no rosto um olhar perdido Começando a não fazer sentido Vai andando pelas ruas tortas Pisando leve nas folhas mortas Dobra esquinas que conhece bem Olha em volta e não vê ninguém Quando acordar eu sei você não vai lembrar Quando escurecer sou eu que não vai esquecer Atravessa tudo sem saber Como se fosse desaparecer As mãos geladas e o cabelo solto Levando a vida que lhe deu tão pouco O lado claro da escuridão Sem destino e outra direção A cada passo cada vez mais longe Descobrindo o que a noite esconde