Houve um tempo que me lembro Em que o sonho precedia A vontade que invadia O desejo sertanejo que eu sentia A viola entoando noite e dia A poesia que vadeia Ecoante nas esquinas Improviso que fascina Como um verso de protesto que se aglutina Como o vento quente e seco da caatinga Se hoje o tempo consome Meu encanto resplandece Pois meu canto é minha prece Que me guarda, me governa, me ilumina Com o fogo da poesia nordestina