Desabando, aos 18 Entre paredes, à beira do colapso Tão inocente, tão quase Desertando das luzes dos faróis Eu, num mundo tosco Lá na beira do penhasco esperando Um empurrão para sair discreto Ao mundo mudo que me aguarda Tão revoltado e tão sincero Ao longo da estrada Com esperanças tão sutis De poder existir uma dupla faixa Você é o único que pode me tirar daqui, Senhor Você é o único que pode me deixar sóbrio Nesta vida quebrada com fraturas nas costas Depois de tanto, tanto esperar Discurso certeiro Num mundo cheio de incertezas Onde a única coisa certa é o tempo E a vida passando reta e sedenta Leva a gente para um passeio sem volta O que podemos fazer é aceitar E abraçar o futuro que nos espreita