Eu vejo o agir dos porcos, na roda dos ratos Eu beijo meus anticorpos e saio fincado, sim Segunda, terceira, logo engato a quarta numa quinta-feira Solidão, angústia, sempre de primeira Dor que lava a alma descendo a ladeira, vou Flanando na cidade, quieto, sem alarde, lido, com minhas merda, sim Não conto com resgate, solidão de praxe, e auto me destruo, sim Descendo eu me limpo, ontem fui demitido Por isso desço a serra Entro em meu labirinto, vou agindo no instinto Girando nessa terra Saio da cidade Curo meu desgaste Lá não tem nada pra mim Saio da cidade Curo meu desgaste Lá não tem nada pra mim E a paz não vem nem a pau Só de frente pro mar, anestesia os problemas, que vou ter que encarar na vida Com minha mente toda destruída, é o mesmo com a família e eu tô sem perspectiva, pô Cansado, destroçado, sempre humilhado e nada de exaltação Não, sei pra onde vou, não, nem o que fazer, sei não Faço o som pra não puxar o gatilho, não apagar o brilho, nessa vereda O cara do brilho, a lâmpada acesa, engole o desgosto e surfa na tristeza, vai Semente disfuncional Me profetizaram o mal Não tá legal essa passagem na vida Passando a navalha Nessa ferida Saio da cidade Curo meu desgaste Lá não tem nada pra mim Saio da cidade Curo meu desgaste Lá não tem nada pra mim