No fim da tarde foi-se embora Aquele que fazia a minha aurora Entre a lua lá no céu, vejo estrelas como um véu Vejo prazer em poder gritar Nada me impede de sonhar E poder em alguma coisa acreditar Foi-se o tempo em que eu era criança Mas ainda eu guardo a esperança De poder voltar a ver o sol nascer De sentir a paz no coração das pessoas A esperança de um dia poder viver Sem ter que pra isso tanto sofrer Nós somos as sombras (dos restos) das cinzas da noite Que enche a vida de desejos, viagens loucas, pensamentos Rock 'n' roll e abusos de prazer Finda a noite, vou embora, caminhando Eu não consigo espantar os morcegos na minha cabeça São como gotas de um temporal incessante Pois não param de me atingir e não me deixam meditar Sobre a dor angustiada de uma pessoa E os mais malditos erros humanos Por causa disto às vezes eu chego a conclusão Que esse alguém infelizmente sou eu