Se Deus me tivesse feito um poeta Eu escreveria versinhos de amor Falava das matas, rios e cascatas Das paisagens belas dos sertões sem fim Falava da terra, dos montes e serras Onde o Sol e a Lua brincam de esconder Depois de nos dar gratuitamente A luz divina para que as semente Que o homem planta possam florescer Se eu fosse um pracinha e tivesse que ir De fuzil na mão defender minha terra Eu daria um jeito em minha mochila E a enchia de flores colhidas na serra. Eu ia na frente do meu pelotão De fuzil na mão carregado de flores No campo da luta enfrentava o perigo Em cada peito dos meus inimigos Dava com carinho um tiro de amor Se eu fosse um cantor cantaria sempre Hinos de amor e canções de paz Plantava carinho pra colher sorriso Se fosse preciso mais e muito mais. A verde da mata é minha esperança O azul do céu a bonança divina O amarelo do Sol aquecendo as almas O branco das nuvens serenas e calmas Parece que Deus me chama pra subir