São Manuel Uma terra de caboclo Nasceu Tonico e Tinoco Só um está entre nós Nunca me esqueço De Sulino e Marrueiro De um Caçula e Marinheiro Já não ouço suas vozes Se estou sozinho No passado então eu penso Raul Torres e Florêncio Que não vou ver nunca mais Lindas lembranças Daquele tempo gostoso A Inezita Barroso Cantando Lampião de Gás Quando criança Pouca idade ainda eu tinha Ouvir Vieira e Vieirinha Um “Transporte de Boiada” Alguns se foram Mas outros bons continuam Os seresteiros da Lua Pedro Bento e Zé da Estrada Só se falavam Em sertão, campo e ranchinho Hoje é transa e motelzinho Só palavras imorais Os lindos versos De Serrinha e Caboclinho Zé Carreiro e Carreirinho Quanta saudade me traz Quem não se lembra De Luizinho e Limeira Do Biá e do Palmeira Do Garcia e Zé Matão O Zico e Zeca Líu e Léu são de primeira Zé Fortuna e Pitangueira Dupla tipo exportação Nas grandes festas Principalmente em rodeio Nunca faltou nesses meios Duas violas de pinho Quando anunciado A plateia se explode Chegou os reis do pagode Tião Carreiro e Pardinho São tantos astros Que há em meu pensamento Grandes nomes de talentos Não deu para descrever Irmãs Galvão Sempre foram soberanas Cascatinha e Inhana Eu não podia esquecer Fiz esses versos Em prova de gratidão Tirei do meu coração O que eu pude oferecer Mundo moderno Duplas novas, sangue novo Peço em nome do meu povo Não deixem a viola morrer