A vida pela rédea E um destino pela mão... ...na estampa de fronteira poncho-pátria e solidão. Do rosto - em cada ruga - Vertem marcas da ilusão Que um triste sonho pêlo-duro Desgarrou por este chão No olhar de muitos longes, Brilho vítreo e cerração... ...e os calos da tristeza mais na alma que nas mãos... ... os arcos das cambotas, que nem sabem caminhar, são marcas da raça tropeira que marchou pra não voltar A sede das distâncias Se perdeu pelas esquinas E o cerne dos caudilhos Só no bronze é que ficou. A raça dos tropeiros Envelhece pelas vilas Entre mates e recuerdos Que a saudade lhes deixou... E a raça dos tropeiros -machucada pela vida- solta um último suspiro pelo tempo que passou. São tantos os vencidos Pelo tempo que passou... ... e tantos olvidados que o progresso deserdou. Na sina dos campeiros, A vontade já morreu... ...na negra sorte de uma vila até a morte os esqueceu.