Casa de Barro coberta de Sapé Uma rede uma viola um bom cavalo e uma mulher Uma porção de galinha no terreiro É a ilusão do caboclo brasileiro De manhãzinha antes do dia clarear Cantar rolando vai pra roça trabalhar Com o Sol quente ventania e trovoada O que ele quer é acabar a enfrentada Porque a noitinha na casa de Sapé Arma rede toca a viola para alegrar-se sua mulher E aos domingos ele aldeia ou alazão Vai ao povoado toma parte no leilão Esse caboclo é tão feliz no seu rincão Que eu sinto inveja de quem vive no sertão