O risco de perder tudo Sem ter, volta pra casa E o poder na mão do sem alma Nos faz temer sem ter feito nada O risco de perder tudo Sem ter, volta pra casa E o poder na mão do sem alma Nos faz temer sem ter feito nada Tanques pra invadir o morro E o pedido de justiça da tia No jornal da tarde, horário de almoço O filho que nunca foi envolvido Confundido pela cor do carro Mas, talvez se ele fosse branco Não seria pra tantos disparos No irmão que tava trabalhando Em plena Brasil meio-dia E a neurose é só para o trânsito Sua urgência é chegar cedo no trampo O patrão ameaçou descontar Ou mandar embora pois lá fora tem vários Que fariam mais até por menos salários César Maia tá solto comendo Caviar E segue o monopólio em meios de produção Latifundiários fechando com os pastores Falam em nome de Deus só pra ganhar eleição Ainda dizem que ele é branco (Jesus) Ainda dizem que ele é branco (coitado de Jesus) Ainda dizem que ele é branco (tadinho de Jesus) Ainda dizem que ele é branco (que pena de Jesus) O risco de perder tudo Sem ter, volta pra casa E o poder na mão do sem alma Nos faz temer sem ter feito nada O risco de perder tudo Sem ter, volta pra casa E o poder na mão do sem alma Nos faz temer sem ter feito nada