Eu nunca me entreguei a um grande amor Sou como um beija-flor, eu amo qualquer uma delas Eu nunca distingui o gosto, maçãs ou avelãs como com cascas são os meus versos Sabores, tanta cor sugerem desejar um copo boemia tão nefasta apaga a luz que ela é de mel Seu veneno é tão cruel, tem sabor, e na vitrola uma canção Teresa com um Gardel acende a Lua do bordel e que a hora nunca chegue Seu vestido reluzente, transparente, negro, fosco, faz a Lua iluminar os desejos, os meus gostos O copo está vazio sobre a mesa e Tereza acabou, perseguição Um fado lindo começou Se de mim nada consegues, não sei por que me persegues, constantemente na rua Sabes bem que sou casado, que sou muito dedicado e que não posso ser teu E quanta prosa, não quero ir embora, só me empresta o isqueiro e aumenta esse som Como é lindo o seu olhar, como pode um bem tão mal Mais eterno é esse boêmio que não quer mais ir embora O copo está vazio sobre a mesa e Tereza acabou, perseguição, um fado lindo começou