O brinde espera na mesa e noite embala os segredos Um toque de fino desejo, cumplicidade no olhar Não há tréguas para as horas, elas sabem passar Tira a rolha da garrafa, serve a cachaça, somos um só Acende a vela paixão pra acalmar O som na vitrola rolando um tango ou bolero Encadernados no amor, o beijo ardente na boca Tão quente, na mente e a gente ainda se ama no chão Mais tarde o mesmo desejo, maçãs e sabor de limão Destilam o veneno, seu cheiro, seu jeito Seu beijo, serpente do mal Pense, já vou caminhando, um ser de mansinho Como um andarilho sem rumo, trancado em sua razão Ser do Planeta absurdo, chorando em versos profundos Um quase louco nessa sala de estar Só mais trago no velho aguardente Um trocado no bolso e a botina no pé Já está acostumada à estrada e de barro e a mala na mão Cadê a viola parceira ideal, cadê meu isqueiro Cadê meu olhar, no volante, mas sem direção Viajante noturno, canção de um vagabundo Os vidros fechados, a brasa queimando Cabe outra dose, vem cá violão, preciso falar Cansei de estar, ninguém procurar, não vejo caminho Não tenho um ninho, cansei de chorar O tempo perdido já foi, está escrito, não posso apagar Oh, oh, oh, oh, oh Oh, oh, oh, oh, oh Sem hora marcada e nem pra chegar Sem tempo pro tempo, parei pra olhar Se foi despedida, vá bem devagar Cuidado com as curvas, esquinas da vida São impiedosas e sabem cobrar Oh, oh, oh, oh, oh Oh, oh, oh, oh, oh Sem hora marcada e nem pra chegar Sem tempo pro tempo, parei pra olhar Se foi despedida, vá bem devagar Cuidado com as curvas, esquinas da vida São impiedosas e sabem cobrar