Orvalho prateado, umedece o pasto E branqueia a chapada de cerração Berrou o terneiro da vaca do leite Debaixo da quincha do velho galpão A geada castiga e judia do gado Secando o pasto, baixa a lotação. E o boi de marca, recém apartado. Campeia algum verde, dentro do capão. Aperto a cincha no clarear do dia E ato a presilha do meu camperear Se muda o tempo então muda o serviço Mais o compromisso não pode esperar Se chove mateio, ou lido com corda Remendo cabresto ou algum travessão E enquanto chove e enche os arroio Alimento minha alma, ponteando um violão Se chego nas casa é pra trocar cavalo Dou folga ao sebruno e encilho a bragada Tem vaca de cria e novilha amojada Com sol ou garoa estou na invernada A lida é eterna, só muda a tarefa Fazendo a bóia, varrendo o galpão Quebrar algum queixo e arrumar alambrado Atender da estância, minha obrigação