Aperos e avios de lida Por mãos rústicas trançadas Laços, palas e cobertas De lã nas casas cardadas Artesão rude da serra Fiando a própria jornada Múltiplas raças cruzando Sangue italiano ao latino Trazendo gente de longe Neste mister teatino De povoar campos e serras Sendo este o seu destino São cinco pedras cravadas Cinco marcos na memória Das mãos do mestre batista Perpetuando a nossa história Um nos conta dos tropeiros Serra abaixo, serra a cima Velho Cristóvão Pereira Pioneiro desta rima Abrindo novos caminhos Que a história hoje estima Foi na guerra dos farrapos Ato heróico dessa gente Na república Juliana Desespero e tempo quente Que a fibra dos bois de botas Foi mais forte que a torrente Com a vinda do progresso Ouvindo o som da violas Livres no mercado velho O povo e suas sacolas Trocando a boa colheita E voltando em carro de molas