De lá de cima da serra Venho de alma liberta O pingo de venta aberta Batendo casco no chão De lá de cima da serra Trago um violão afinado Relincho e berro de gado Essência do meu rincão! Por serrano uso um poncho, bem urdido, pura lã E num oveiro azulego quebro o gelo das manhãs! Respiro o ar desta terra, de campos e pinheirais Mirando o olhar da minha bela a vida é linda demais De lá de cima da serra Muito ouço e pouco falo, Que do lombo do cavalo Eu avisto o meu país... De lá de cima da serra Eu semeio esperanças, Por um tempo de bonança De gente alegre e feliz! De lá de cima da serra Trago a história farrapa Nos tentos mala de capa E no "garrão" as esporas De lá de cima da serra Trago o pó dos corredores E a benção pros cantadores De deus e nossa senhora!