De que se faz o prato vazio Somente sonho, esperança e dor? E quanto ao longo do dia Que a fome nunca espera? Chora não curumim que o teu pai já vai voltar É só o tempo da pressa, na esperança se encaixar Lá vai ele na canoa e o seu remo sereno Que calo os força direcionando seu rumo? Largo é o seu rosto Abatido de Sol Todo enrugado de vento No rio manso a pescar A tua mãe molhou a farinha Pra preencher o dia vazio Feito de sonho e espera Quando entender o que é dor Tu nunca mais vai chorar