Vim de tão longe, mas a distância não arrancou de mim A liberdade de sonhar o voo cego da paixão Nem o cativeiro nem a chibata da escravidão Calou meu canto negro Meu pensar, meu coração Canto de saudade pra ver se o vento leva pra você Nas águas oferendas pra grande mãe Iemanjá Quem sabe o mar me leva ou então possa te trazer na próxima maré Várias léguas longe No horizonte já não vejo meus iguais Quando eu chorei ninguém me ouviu Tô sozinho Em meio a um monte de pele preta Eu virei mercadoria Enquanto isso eu vou levando do jeito que posso levar Passo malandreado com a ginga que foi concebida nos quintais de sinhá