E se eu parar de cantarolar Vieram dizer para mim que não faria diferença alguma Quem disse que eu pararei de lutar? Continuarei ereto nesta guerra de cultura Continuo ouvindo Bach, Beethoven, Vivaldi Um adágio ao ouvir me deixa mais completo Os clássicos literários alimentam e o meu imaginário Me impulsiona a me manter firme em meio a este inferno Encho os pulmões pra proclamar a morte do mundo moderno Este mundo não valoriza o que eu ofereço Moças vistosas com comportamento de massa de manobra Não se aproximam e eu as entendo Sexta-feira chove forte, na capital cinza e chumbo És o velório de um jovem que morreu pra este mundo Vocês não querem me aceitar, eu não quero aceitação Tentaram levar minh'alma, fui atrás de salvação Larguei as coisas terrenas, as coisas mundanas Pedi perdão a Deus por ter perdido as esperanças Como Telêmaco e seu pai Odisseu Achei minha Daphnae e ela me corrompeu Vocês queriam um pouco de motivação Mas isso é o que restara, mais uma confissão Meu coração de pedra que sofrera tanto Se acalme deste pranto, encontrei refúgio nas histórias dos antigos santos Lhes devo tanto, Mônica, por ter feito Agostinho Por não ter desistido Uma mulher forte que não deixou de lutar Enquanto não viu seu filho ajoelhar aos pés de Cristo Viva Cristo Rei, não pararei de clamar isso Entramos em hiato, mas nós não largamos nosso compromisso Meu sonho é virar um clássico, estou trabalhando nisso Minha voz irá reverberar mesmo depois de ter partido