Quem tá no parapeito nunca dorme Deixaram a minha mente com sede, com fome Essa rotina me mata, me cala Tem alguns abutres vigiando a minha casa Cada movimento controlado, calado Não da pra confiar em quem mora do meu lado Quando a luz se apaga, eu me sinto um refém Seja bem-vindo a Terra de Ninguém Abra seus olhos, e veja o que eu vejo Enfrente os seus medos Um novo recomeço Eu sei que pode parecer meio sem noção Eu sei que o verso não combina nada com o refrão Eu falo o que eu quero, quando quero, sem pressão Eu tenho um guepardo o nome dele é bocão Vira e mexe ele aparece Repleto de ideias que o fazem questionar o que é correto Seus olhos amarelos me dizem então -Você chama isso de viver, eu chamo de prisão