Eu sou eu Acredite quem quiser Pura mulher, leva fé Sou carne de pescoço Dura que nem osso Tem que haver esforço pra me mastigar Seu moço, seu moço Meu aval, meu endosso É água de poço antes de filtrar Me finjo de boba, mas sou uma loba Não é qualquer piromba que vai me vencer Sou vinho veneno, sou saco de feno Se não houver dreno, não vai me comer Eu sou eu Acredite quem quiser Pura mulher, leva fé Sou pista de barro De barro batido É tempo perdido você cavucar Sou malha de ferro, de ferro maciço Anzol sem caniço não vai me pescar Sou faca amolada Patroa e empregada Sou tudo, sou nada Eu não sei quem sou Eu sou o suspiro, a curva do giro Sou alvo do tiro que você errou